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Cia. da Farsa completa 20 anos com estreia de “Deus da carnificina”

Fotos: Igor Cerqueira 

No dia 16 de março, quarta, estreia “Deus da Carnificina”, montagem que celebra os 20 anos da Cia da Farsa. Com direção de Sérgio Abritta, o espetáculo traz, aos palcos mineiros, texto inédito da roteirista, romancista e atriz francesa Yasmina Reza. A peça cumpre temporada até 20 de março, de quarta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h, na Sala João Ceschiatti, no Palácio das Artes. Os ingressos custam R$40 e R$20 (meia), na bilheteria do teatro ou pelo Eventim. Classificação indicativa: 12 anos. Gênero: drama contemporâneo.

“Fazer 20 anos de companhia é o mesmo que um casamento. No nosso caso, com o teatro, e numa perspectiva centrada em apresentar, aos espectadores, textos de qualidade, bem construídos, com personagens definidas, que tragam um debate numa perspectiva contemporânea. Para nós, mais que a forma, o conteúdo é importante”, explica Alexandre Toledo, ator e fundador da Cia. da Farsa.

Atualmente formada por Toledo, Marcus Labatti e Alex Zanon, a Cia da Farsa nasce em 2002 com a montagem do texto Tribobó City, e pouco depois, estreia “A Farsa da boa preguiça” (2003), espetáculo que rende prêmios ao grupo. Desde então, passa por diversas formações, estéticas, diretores e autores – muitos deles nacionais, como Maria Clara Machado, Ariano Suassuna, Nelson Rodrigues, e mais recentemente, Sérgio Abritta. “Sérgio é um namoro antigo que começa com ‘Adultérios e outras pequenas traições’ (2014) – comédia da companhia escrita e dirigida por ele. Temos muito em comum: gostamos de um teatro de texto com discussões atuais que abordam as relações humanas, amorosas, políticas. Daí o desejo de montar ‘Arte’ (2019), também de Yasmina Reza, e, logo após, ‘Wilde.Re/Construído’, com o qual ganhamos o ‘Prêmio Palco em Cena’, do Brasil Valourec, em 2020. ‘Deus da Carnificina’ veio, em seguida, como caminho natural”, conta Toledo.

Em “Deus da Carnificina”, dois casais se reúnem para tentar resolver um pequeno incidente: o filho de um quebrou os dentes do filho do outro. Tudo começa bem, dentro da polidez que caracteriza os casais modernos e educados. Aos poucos, a conversa toma caminhos inesperados e o que era cortesia e refinamento se torna intimidação e violência. A linha tênue entre a civilidade e a barbárie está prestes a ser ultrapassada. “Yasmina faz uma reflexão sobre a sociedade ocidental e sua capa de civilidade, da necessidade urgente de repensarmos nossas relações em comunidade, antes que a violência se instaure definitivamente”, comenta Sérgio Abritta.

Em cena, os atores Alexandre Toledo, Andréia Quaresma, Flávia Fernandes e Marcus Labatti são separados do público por estruturas metálicas que lembram uma grande gaiola. Segundo o cenógrafo Yuri Simon, “o elenco queria que tivesse algum elemento visual que provocasse o público. Além disso, a autora sugere uma cenografia não realista. Daí me ocorreu a ideia de propor uma identificação dessas personagens como feras que estão presas nesta gaiola”, explica.

Aprisionados em suas questões, durante 85 minutos as personagens conduzem o espectador a experimentar climas diversos que vão da comicidade à violência. “Há uma constante tentativa de finalizar uma discussão iniciada, mas são incapazes de chegar a uma conclusão. Vivem uma constante necessidade de retorno ao conflito. Todo mobiliário cênico, que figurativamente representa uma sala de estar, adota um estilo industrial, e conforme sua configuração, insinua uma neutralidade e um despojamento estético que também nos remetem às peças de um viveiro de metal”, acrescenta.

Além do cenário, Yuri também assina a iluminação. “A proposta é criar uma cena mais clara, com uma tonalidade branco quente que escurece, em alguns momentos, dando maior visibilidade aos recortes e efeitos das marcações dramáticas. Além disso, a iluminação se aproveita da projeção em vídeo de Antonionne Leone para criar texturas e composições rítmicas, em diálogo com a sonoplastia de Márcio Monteiro”, conclui.

FICHA TÉCNICA

Texto: Yasmina Reza | Direção: Sérgio Abritta | Produção: Alexandre Toledo Produções e Cia da Farsa | Elenco: Alexandre Toledo, Andréia Quaresma, Flávia Fernandes, Marcus Labatti | Trilha Sonora Original: Márcio Monteiro | Figurinos: Flávia Fernandes | Cenário e Iluminação: Yuri Simon | Cenotecnia: Cristopher Matos | Vídeos Incidentais: Antonionne Leone | Design Gráfico: Alex Zanon | Assessoria de Imprensa: Beatriz França

SOBRE YASMINA REZA

Yasmina Reza é dramaturga, argumentista, atriz e romancista, e uma das figuras mais conhecidas das artes do palco francesas. Felizes os Felizes é o seu primeiro livro de ficção publicado em Portugal. Yasmina Reza tem sido agraciada com as mais importantes distinções, como o Prémio Molière, que recebeu em 1987, 1988, 1990 e 1994 (para melhor autora, melhor tradução, melhor produção, e para melhor autora, peça e produção, respetivamente); ou o Prémio Laurence Olivier, em 1998 e em 2009, para melhor comédia; recebeu o Tony em 1998 e em 2009 (pela melhor peça), sendo o posterior pela peça teatral Le Dieu du Carnage (Deus da Carnificina), também adaptada ao cinema, com direção de Roman Polanski.

SERVIÇO

Temporada de estreia do “Deus da Carnificina”

celebra 20 anos da Cia da Farsa

direção de Sérgio Abritta | texto de Yasmina Reza

16, 17, 18, 19 e 20 de março

Quarta a sábado – 20h e domingo – 19h

Sala João Ceschiatti – Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537 – Centro, Belo Horizonte)

Ingressos a 40 (inteira) e 20 (meia) na bilheteria do teatro ou pelo Eventim

Classificação indicativa: 12 anos | Gênero: drama contemporâneo.

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Nancy Dasa

Nancy Dasa

Apaixonada por Belo Horizonte, mãe de duas meninas maravilhosa e esposa! Bacharelada em Contabilidade. Produtora de conteúdos digitais e redatora web.

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