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Liga da Justiça (crítica)

Trinta segundos. Bastam trinta segundos para Liga da Justiça mostrar o que queria (e precisava).

Superman é filmado por um celular (em posição vertical) enquanto crianças o questionam sobre quantas pessoas ele salvou e do que ele mais gosta na humanidade. Superman olha para o horizonte levantando queixo, aí vemos que boa escolha foi a cena ser feita com um celular: Superman fica gigante e parece um enquadramento penado por Alex Ross. Esse Superman agora vai de tímido, um caipira vindo do Kansas, para um símbolo, tudo em trinta segundos.
Além de um Superman mais ‘acertado’, as cores se destacam finalmente se destacam. Ao mesmo tempo, ao decorrer das outras cenas, a direção de Zack Snyder aparece forte – é um filme dele, isso é sem dúvida. Claro que, pelas notícias, é de se pensar que esse não foi o filme totalmente planejado, entretanto não há buracos que evidenciam isso.

A trama se passa um tempo depois de Batman v Superman. O mundo está em luto pela morte do Azulão, enquanto um mal antigo, o Lobo da Estepe, invade a terra atrás das caixas maternas, artefatos capazes de destruir o mundo. Nisso, Batman e Mulher Maravilha precisam reunir um grupo de heróis para defender a humanidade.

Resumindo, é um episódio do desenho com Duas horas de duração onde os heróis se reúnem para bater em alguém. O primeiro ato e metade do segundo são sólidos e constrói bem a trama, apesar de se excederem – minha maior reclamação é a cena inicial da Mulher Maravilha, que simplesmente poderia ser cortada do filme. A metade do segundo ato fica morna com a volta do Superman. Já o terceiro ato perde o potencial quando o vilão é claramente mais fraco que o Superman – faltou catarse para o final do filme, nem que fosse um upgrade safado dos poderes do vilão para que gerasse a sensação de ameaça. O Batman também se mostra uma decepção crescente ao passo que ele fica cada vez mais inútil na história. Em animações da Liga, seja para a televisão ou para o home vídeo, o Batman sempre faz bonito, nem que seja em um duelo psicológico onde ele tira uma cartada da manga no último segundo – enquanto isso o Batman do filme parece ter uma crise existencial por perceber que nem falar com peixe ele fala.

Liga da justiça não é ruim, mas lhe falta força e presença. O filme acerta o Superman e apresenta bem os novos heróis que ganharão filme solo (Cyborgue e Flash), mas não há sensação de que esse universo merecesse continuar.

Texto: Anderson Soares

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Nancy Dasa

Nancy Dasa

Apaixonada por Belo Horizonte, mãe de duas meninas maravilhosa e esposa! Bacharelada em Contabilidade. Produtora de conteúdos digitais e redatora web.

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